08/07/2013

Liderança: o verdadeiro problema de Passos Coelho

Temos governo? Temos eleições? A solução proposta por Passos a Cavaco vai ser aceite? Será, como o presidente exigiu, suficientemente sólida? Se for aceite, como se aguentará Portas no parlamento? Os partidos à esquerda estão prontos para o insulto! Bom, mas estas são todas questões demasiado políticas. Interessantes, sim, mas não tanto como o verdadeiro problema:liderança e equipas. Este é o tema que vale a pena discutir, que merece reflexão. Não se tratasse do governo e, não havendo a questão política, teríamos, no entanto, o mesmo problema de liderança e, como consequência, de falta de coesão de equipa. Quem decide, quem escolhe, quem tem a última palavra é obviamente Passos, sendo legítima toda e qualquer escolha. Assim, não é na escolha que o problema está, mas sim na fraca - ou talvez inexistente - gestão de expectativas que fez com a sua equipa, mormente com o líder do partido com quem tem uma parceria. Há que reconhecer determinação a alguém que se apresenta perante a crise com tamanha determinação, mas à determinação tem de aliar capacidade de liderança. Talvez Gaspar tenha razão neste ponto, já que o próprio apontou a liderança como a missão maior de Passos Coelho. Passos tem de se assumir com líder dos ministros, tem de marcar o ritmo e, tal como Lomba faz com os jornalistas, talvez fosse bom fazer bons briefings às quintas, quando junta todos os ministros.

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