30/05/2013

Impressões

A mulher chora. Está sentada na berma da estrada e os carros passam muito devagar. Não param, mas passam devagar. O tempo está fresco, a mulher está de mangas curtas e chora. Não lhe vemos a cara, mas vemos o corpo a soluçar.
Na outra berma está um homem. Deitado no chão, o homem está morto. Voltamos a olhar para a mulher; levantou agora a cara e tem um sorriso enorme. O choro, o soluçar, não são de tristeza. Conseguiu matar o seu violador e está, acima de tudo, aliviada. É isso: as lágrimas são de alegria, de alívio.

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