08/01/2013

Custa aceitar

Há qualidade; há interesse; mas há também coisas, pessoas, programas e textos que não interessam, não têm nada de relevante, que não merecem nada, mesmo nada. Será isto verdade absoluta? Não, e as estatísticas, os números, isso mesmo comprovam. Há, como se discutia hoje no Horas Extraordinárias, escritores muito bons que não vendem, quando outros de muito menor qualidade vendem milhares. Há programas de qualidade sem audiência e depois temos a casa de segedos com o share do dia. E isto acontece em quase todas, senão mesmo em todas, as áreas. Mandam os números e cada um vê o que gosta, lê o que quer...mas não percebo, ou talvez apenas me custe aceitar.

4 comentários:

  1. Voltamos à mesma história de que, aceitando ou não, sendo certo ou errado, vivemos numa sociedade que nos vê como "números"...enfim.

    Boa semana***
    http://saladosilenciocorderosa.blogspot.pt

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  2. Sim, de acordo; mas escrevi mais a pensar nas "coisas" que não têm qualidade e, mesmo assim, são das mais vistas, das mais lidas, das mais ouvidas, etc, etc. Aí sim, os números, as audiências, as estatísticas decidem, ditam os melhores, os mais lidos, os mais vistos. A qualidade está hoje associada, sempre, a estes vetores de quantidade. No entanto, e embora não perceba, o que as pessoas mais vêem é aquilo que querem ver e aquilo que mais lêem é aquilo que querem ler...aceitar, pois, mas não percebo...

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  3. Eu compreendo, a falta de qualidade é quase sempre mais premiada, vivemos numa época que a imagem e a forma de expôr atrai mais do que a qualidade. Dá ideia que as pessoas não chegam a pensar e aceitam o mais curto, o que lhes é mais fácil. Até a trapalhice é mais apreciada do que o esforço e o brio.

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  4. “Bad taste makes more millionaires than good taste.”
    ― Charles Bukowski

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