22/10/2012

Entusiasmo e culpa

É suposto ter os olhos abertos, mas teimosamente se fecham. É suposto ter o olhar dirigido, focado, mas este insiste em perder-se. A culpa não é da pessoa que observamos, é da pessoa em que o seu olhar deveria estar focado. Os minutos vão passando, bem devagar, e a cabeça está em movimento contínuo: ora para baixo (quando os olhos fecham) ora para cima num ápice (quando os olhos abrem furiosos). Vê-se: a pessoa, nesta luta gigante, está estourada, culpa do outro que fala sem parar, e sem interesse! Reflectimos um pouco sobre a questão: o interesse? O que é ou não interessante? De que prisma? Conceito a que tudo e todos estão sujeitos, mas conceito completamente relativo, precisando - sempre - de termo de comparação. Sempre a comparar: isto com aquilo, este com o outro. O que não é relativo, isso é que a culpa é do outro, do que fala!

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