06/09/2012

A maratona

Vemos a meta e vemos, a poucos metros da meta, um homem a cambalear, está mais para lá do que para cá. Faltam poucos metros, já vê a meta. Está estourado, não aguenta mais. Faltam muito poucos metros e o homem não aguenta mais. Vem em sofrimento há mais de uma hora, já chorou, já urinou pelas pernas abaixo, já se desmanchou a rir (nesse momento julgou estar a enlouquecer) e está agora a poucos metros da meta. Na maratona que não termina por apenas uns metros aprendeu a lutar, a ir para lá das suas capacidades. Achou que tinha já aprendido a lição e que assim, com tudo aprendido, podia parar de correr, literalmente, a uns metros - mais precisamente dois - da meta, não terminando a corrida, um sonho de vida.

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