31/08/2013

Ser: verdadeiro; autêntico; natural; genuíno

Ele quer ser verdadeiro. Tenta ser, faz por isso e faz ainda mais: diz ao mundo que o faz. Antes de fazer o que quer que seja, antes de mais um dos seus momentos verdadeiros, diz: - vou ser verdadeiro. Depois, quando termina, aproveita e reforça: viram, aqui fui verdadeiro. As pessoas ouvem (nem querem acreditar no que ouvem) e pensam se estão a sonhar, se aquilo que estão a ouvir será mesmo verdade (falamos, ah pois, de ser verdadeiro). A dúvida é maior que qualquer verdade. É, também, maior do que qualquer eventual mentira. Até pode ser verdadeiro, mas genuíno é que ele não é. Este era o homem A. Passamos para o homem C (por que raio seria para o homem B?! Tudo numa ordem, diz-nos o piloto automático, mas não, não tem de ser. Quando falamos de pessoas, o intangível é mais forte, mais presente...) e analisamos a sua autenticidade. É expressivo, o sentimento parece estar na sua pele. Todos repararam na sua presença, despercebido é que não passa. O mais importante da pessoa C: do ponto de vista técnico: perfeito. Sem falhas. Fala quando tem de falar, ri quando tem de rir, usa o silêncio estrategicamente. Um pormenor: nada é autêntico. Não acreditamos, não confiamos, aliás, desconfiamos de tudo o que a pessoa C faz.

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