09/08/2013

Medos

Ligaste-me cedo demais; ainda estava a dormir, o cérebro àquela velocidade que tende para menos infinito. Ouvi-te com toda a atenção - a de sempre, desde os tempos de crianças - mas não fui capaz (essa é a verdade!) de te dizer quaisquer palavras. Quaisquer. Que vergonha! Ligaste, certamente à procura de consolo, de apoio, de confiança (todos precisamos de mais confiança) e eu...eu nada, nikles. Ouvi-te com atenção, disso não tenhas dúvidas, apenas não te disse o que acho: que tens de começar por aceitar que tens medos, que tens alturas em que não acreditas em ti, em que tudo parece demasiado escorregadio e que nada disto é crítico. É o que é. Aceita. Mais nada! E depois, depois resolve, resolvendo um medo de cada vez, de cada dia. Não tens de querer mudar tudo em ti mas apenas e só um comportamento, ainda por cima um de cada vez. Começa, falha - sem problema - e prepara-te para falhar melhor, outra vez. De cada vez que falhares, lembra-te que estás a enfrentar um medo e sorri. Mereces sorrir como forma de festejar. Afinal, estás a vencer ao estar a enfrentar. Parabéns.

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