31/07/2013

Parar para pensar

A vida passa demasiado a correr. Num piscar de olhos, dizes-me tu. Nem permite parar para pensar. Não pode ser, não pode não. Não aceito, não posso, não quero aceitar. A necessidade é absoluta. Parar para pensar já não é um desejo, um anseio; é uma necessidade. É algo indispensável; exactamente, é isso: é algo igual a respirar. Sem respirar não vivemos, certo? Ora, parar para pensar tornou-se tão ou mais importante do que respirar. Se não parar agora viverei eternamente angustiado. Está decido. Já parei. Estou parado e posso pensar. Enquanto penso, vivo, apenas vivendo o momento do pensamento, sendo, assim, fundamental a escolha do que pensar. Pois, estou parado, não estou a fazer mais nada, reservei este pedaço da vida (são tão poucos!) apenas para isto, mas vejo agora que não sei em que pensar. Nada de nada. Foram anos e anos à espera deste momento, desta oportunidade - cheguei a fazer listas sobre assuntos em que tinha de pensar - e agora estou, no fundo, a desperdiçar o meu tempo. Coisa estúpida, vou é fazer coisas, vou viver.

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