03/11/2012

Políticos, cartas e banqueiros

O primeiro ministro e o líder da oposição trocam cartas. Ficámos a saber esta semana. É tão estúpido quanto romântico. Trocam cartas, escrevem. Mas, antes do destinatário ler a carta, lembram-se de vir a público dizer o que escreveram! Todos sabemos, portanto, de que falam nas cartas. Sempre o mesmo: mais preocupados com a responsabilidade do passado do que com o projecto para o futuro. Por falar em futuro, por que razão não trocam eles emails? Ah, já agora: existe, para informação do primeiro ministro e da sua sombra, outrora grande amigo, um outro meio de comunicação, quiçá mais antigo: o diálogo, a conversa, o cara a cara. Sentem-se e falem, porra. Deixem-se de politiquices e tratem do país - quero dizer dos portugueses - é deles, portugueses, é delas, as pessoas que se tem de tratar. Rápido. Porque, ao contrário do que diz o banqueiro, o país não aguenta não, não aguenta não. As pessoas não aguentam, assim é que está correto. É no mínimo engraçado pedir a políticos para deixarem de fazer politiquices, mas é mesmo isso, não há aqui qualquer engano. Deixem-se de politiquices e dediquem-se a políticas que nos levem para a frente.

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