Vemos
a pessoa a ler um texto, longo mas interessante e bem escrito.
Essa
pessoa lê o texto do princípio ao fim, sem tirar, nem por uma vez, os olhos do
papel – (ou ecrã, nos dias de hoje!). Chega ao fim e sente-se gozada, quase
humilhada. Não se faz uma coisa destas, pensa, quase desesperada.
Outra
pessoa lê o mesmo texto, com a mesma atenção. Chega agora ao fim, não vê gozo,
não vê qualquer humilhação, vê, apenas, a descrição de uma situação caricata.
Aconteceu a uma pessoa, podia ter acontecido a qualquer outra; irá, certamente, voltar a repetir-se, só não
se sabe com quem…
A
interpretação tem destas coisas, que nunca, mas mesmo nunca vão mudar. Há
sempre – e ainda bem – a questão da interpretação.
Como
fechamos então? Simples: “…eu posso falar sobre amor que muitas respostas e
comentários que tenho vão ser de ódio. Posso falar de comédia e falam-me de
dramas…”
Assim
é, assim continuará a ser…
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