24/08/2012

Interpretações...


Vemos a pessoa a ler um texto, longo mas interessante e bem escrito.
Essa pessoa lê o texto do princípio ao fim, sem tirar, nem por uma vez, os olhos do papel – (ou ecrã, nos dias de hoje!). Chega ao fim e sente-se gozada, quase humilhada. Não se faz uma coisa destas, pensa, quase desesperada.
Outra pessoa lê o mesmo texto, com a mesma atenção. Chega agora ao fim, não vê gozo, não vê qualquer humilhação, vê, apenas, a descrição de uma situação caricata. Aconteceu a uma pessoa, podia ter acontecido a qualquer outra;  irá, certamente, voltar a repetir-se, só não se sabe com quem…
A interpretação tem destas coisas, que nunca, mas mesmo nunca vão mudar. Há sempre – e ainda bem – a questão da interpretação.

Como fechamos então? Simples: “…eu posso falar sobre amor que muitas respostas e comentários que tenho vão ser de ódio. Posso falar de comédia e falam-me de dramas…”
Assim é, assim continuará a ser…

Sem comentários:

Enviar um comentário